Não quer ficar boiando? Leia a parte 1 e a parte 2.
Pior que ser turista é parecer turista. Logo quando deixamos o aeroporto, fomos pesquisar o preço do táxi: cerca de R$ 30,00 para irmos de carro. Meu pai ficou indignado com o valor cobrado e sugeriu tomarmos um ônibus até o centro, onde nos hospedamos inicialmente. Em um primeiro momento, discordei veementemente, assim como a minha mãe e o meu irmão; mas o lado “Tio Patinhas” falou mais alto e, vendo a possibilidade de uma primeira aventura na cidade, topei irmos até o ponto pegar o busão.
Desnecessário citar o quão engraçado deveria estar a cena. Íamos de um lado a o outro perguntando qual linha passava por aquele lugar. Parava um coletivo? Bora indagar o motorista sobre o caminho. Puxamos papo com uma capixaba que disse ter, na rua detrás, uma outra linha a qual nos serviria, e fomos procurar o tal ponto. Finalmente, subimos no veículo e nos encaminhamos para o hotel.
Por ser uma capital, os costumes das pessoas de lá não são diferentes dos nossos, portanto, se jogássemos fora todas as malas, mochilas e agasalhos (fazia um belo calor), passaríamos despercebidos. O que, obviamente, não aconteceu.
A minha primeira percepção de Vitória foi em relação ao trânsito. Como estou muito acostumado a andar por São Paulo usando transporte público, não pude deixar de reparar em algumas coisas: o intervalo entre um ônibus e outro é bem menor, isso porque, depois, descobri que várias empresas administram a mesma área da cidade, ou seja, há mais opções de trajeto disponíveis e, melhor, passando pelo mesmo lugar. A cidade não estava “loteada”, como aqui.
Segundo: o Kassab mente feio, porque a passagem lá varia entre R$ 2,20 e R$ 2,30, nas empresas das quais utilizamos o serviço – com o detalhe de viajar sentado (ou, na pior das hipóteses, confortavelmente em pé).
Em terceiro: as vias são muito menos congestionadas. As principais avenidas fluíam livremente (às 18h, a Jerônimo Monteiro, espécie de “12 de outubro” capixaba, estava à toda a velocidade, com um grande fluxo de automóveis).
Enfim, chegamos.