Admito que tenho uma certa mania de me vangloriar por morar em São Paulo, por viver em uma das maiores cidades do mundo, centro econômico do país e onde tudo acontece. Desconheço o porquê, mas parece que gosto de falar aos quatro cantos do planeta o quão rápido nós, paulistanos, vivemos, e o quão pesada nossa rotina é. Não podia estar mais errado.
Só fui perceber isso depois de viajar para uma outra capital, em outro Estado, e entender tamanho engano que cometera. Por isso, fiz uma espécie de “diário de bordo”, divido em vários “capítulos”, para contar-lhes não só como foi o passeio em si, mas também a minha visão sobre o modo que levamos o nosso dia-a-dia – e a maneira que acabei incorporando como correta.
Ah, sim, o destino foi a bela Vitória/ES...
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Nunca eu havia viajado tão tarde (ou cedo): às 6h o avião sairia do aeroporto, em Campinas, para pousar em Minas Gerais. Então, às 2h30 estávamos em pé, dando os retoques finais às malas e às próprias roupas. Como também o taxi já fora acertado anteriormente, chegamos ao carro do nosso vizinho (sim, foi ele o taxista), colocamos tudo dentro do porta-malas e partimos para Viracopos. Durante o trecho, realizado em menos de uma hora, diga-se, o que mais fiz foi justamente conversar com o motorista.
Após a rápida viagem, chegou a hora de conhecermos Viracopos, pois nunca pegamos um avião lá. Embora jamais negue a grandeza de Campinas, nem de perto se compara com Congonhas ou Cumbica, este último principalmente, cuja área é gigantesca. Entramos na única fila formada da nossa empresa aérea (sim, adoramos filas!) e aguardamos. Ainda fui explorar o que havia nos outros espaços, mas foi um passeio bem breve, esse. Talvez por isso, quando voltei da missão reconhecedora, tenha estranhado a quantidade monstruosa de pessoas que surgira em questão de dez minutos! E, depois, descobrimos estar na fila errada...
Continua no próximo capítulo... rs