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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O mundo está mudando – e você precisa acompanhá-lo

De todas as formas possíveis de perceber como o mundo está se transformando, a melhor, na minha singela opinião, é o cinema. A arte sempre foi e, espero, sempre será, a bastiã das grandes mudanças.

E cito cinema porque, recentemente, dois filmes que passaram pelas telonas traduzem essa percepção: “As sufragistas” e “A garota dinamarquesa”. O primeiro conta a história de mulheres inglesas que lutaram pelo direito ao voto no início do século 20 e, o segundo, de um homem brigando pelo direito de ser mulher.

Oras, você me pergunta, se as obras retratam acontecimentos do século passado, por que indicam mudança?

Pois, acima de tudo, elas foram produzidas. E, para se rodar um filme cujo conteúdo ainda seja um tabu quase cem anos depois, é porque algo acontece no mundo.

Afinal, cada vez mais as mulheres exigem respeito – um princípio básico de civilidade – e igualdade. Essa luta ficou clara no Carnaval de 2016, quando milhões pediam paz enquanto se divertiam na rua. Lá pelos idos de 1912, as sufragistas pediam respeito também, mas para que a sociedade ouvisse suas vozes.

E quantos homossexuais não perderam a vida ou foram agredidos pelo simples fato de gostarem de uma pessoa do mesmo sexo? Será que os preconceitos de 1923, na França e na Dinamarca, não continuam perpetrados nos nossos costumes?

Tanto “As sufragistas” quanto “A garota dinamarquesa” são reflexo de milhões de pessoas dispostas a mudar. A andar para frente. A quebrar paradigmas e construir um mundo no qual haja respeito. Tenho para mim que, uma vez alcançado esse objetivo, as atuais mazelas morais tendem a ser deixadas de lado para dar espaço a sentimentos mais nobres.

Pode ser utópico, mas acredito em uma sociedade na qual o gênero da pessoa seja um detalhe, não o tema central, de qualquer conversa de botequim. Que a minha namorada, a minha prima e as minhas amigas andem tranquilamente pela rua sem serem incomodadas com olhares ultrajantes. Que os vários gays e lésbicas que conheço possam se vestir e ser chamados como quiserem, andar de mãos dadas ou dar um beijo carinhoso no companheiro sem um segurança abordá-los.

Por isso gosto tanto da existência desses filmes. Eles mostram que, apesar das circunstâncias, não estou sozinho na luta. E, mais ainda, deixam claro que, lentamente, as mudanças estão ficando cada vez mais claras. Uma hora, a bomba-relógio vai estourar, assim como estourou tantas outras vezes na história da humanidade.

Por isso, o mundo está rodando. É melhor apressar-se, pois se você não rodar junto, é capaz de não aguentar o giro e cair.
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