Querido 2014,
Muita gente falou que você foi um ano horrendo, que precisa
terminar logo, que demora para passar, que não te aguenta mais. Talvez com essas pessoas o senhor não tenha sido generoso, ou elas não tenham sabido
aproveitar, também, mas vou discordar e te defender: você foi o melhor ano da
minha vida!
Ok, admito que houve alguns baixos – quem diria que as
eleições destruiriam amizades e a galera
fosse perder o senso de inteligência e humanidade, xingando os outros só porque
fizeram uma escolha diferente. Ou então o caso do nosso querido (ironia) Jair
Bolsonaro e suas viúvas, chorando a bem-vinda morte da Ditadura Militar, de uma
vez por todas. Sem falar na economia e os escândalos de corrupção.
Ah, é, teve o 7 a 1 ainda.
Mas, sabe, se de um modo geral tivemos muitos problemas, o
senhor também me trouxe muitas alegrias. Por exemplo, foi neste ano que passei
a conquistar espaço dentro do jornalismo – em jornais grandes ou pequenos -,
que entendi o que é me apaixonar por fazer jornal impresso, o que significa
conversar com as pessoas e escrever sobre elas. E tive o prazer de ouvir histórias,
muitas histórias, sobre a vida de cada uma.
E o mais importante: foi sob a sua influência, Sr. 2014, que
passei um ano inteiro com a minha namorada. Que descobri o significado do verbo
“amar”, verdadeiramente (a gente sabe quando isso acontece, não tem como
explicar). Que entendi o que quer dizer “para sempre”, e que “para sempre” é
uma quantidade de tempo pequena para dividir tantas experiências com a Bia. Foi
em 2014 que, com ela, entendi melhor quem eu sou também. A gente até viajou
juntos! Fomos para o Rio de Janeiro, tiramos fotos no Bondinho e com a estátua
do Carlão, e admito que não queria voltar – nem tanto pela cidade, cujos
termômetros marcavam temperaturas desérticas, mas porque foi tão gostoso
passarmos uns dias só nós dois...
Portanto, senhor quase Ano Passado, muito obrigado. Pode
parecer pouco, descobrir que ela é a mulher da minha vida e com ela que vou
compartilhar minhas experiências, boas e ruins, além de entrar de vez no mundo
jornalístico, fez de você o ano que vai mais me deixar saudades.
E para o senhor 2015, que certamente está ao seu lado
dividindo estas palavras, um recado: seja bem-vindo! Tenho certeza que será um
prazer viver tudo o que vivi no ano que está por vir, mas sempre melhorando e
tornando as minhas experiências, pessoais e profissionais, muito mais
completas! Afinal, aprendemos com os erros e os acertos, né?
Em 2014 foi muita coisa boa. Sr. 2015, o que me reserva?