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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Com prazer, o Eu Lírico.

Oi, boa noite. Tudo bem? Deixe-me apresentar, antes de qualquer coisa: meu nome é Eu. Eu Lírico, muito prazer.

Não sou muito de aparecer por essas bandas, mas às vezes gosto de dar o ar da graça. Veja o exemplo de hoje: já passa das 2h da madrugada e cá estou, atazanando a vida desta pessoa que escreve, como se fosse um espírito tomando, temporariamente, as rédeas do texto.

Decidi que iria chegar de supetão, sem avisar. Mas dessa vez, indefinido. Explico.

Sou um cara legal. Costumo vir com uma ideia, uma forma, um objetivo, só que pensei: “ah, depois de um dia longo e cansativo, o Caio merece ficar irritado”. Ah, "Caio" é esse corpo que uso para me expressar. O Caio, quando fica com a pulga atrás da orelha, é chato pra cacete. É capaz de ficar acordado a noite inteira tentando captar a ideia quando a inspiração – na verdade, o Eu Lírico, ou seja, eu – não vem de maneira tão direta.

Pois é, entrei aqui do nada, enquanto ele ouvia música, e amadureci a proposta no momento em que escovava os dentes.

Sabe por que fiz isso? Porque é GE-NI-AL a cara dele no espelho quando tenta pensar. 

Aquela testa fica vermelha, ele começa a contorcer os músculos do rosto, olhar para cima e para baixo em busca de uma resposta. A agonia às vezes mata.

De rir, só se for! Hahaha

Só que, como nada é para sempre, uma hora esse meu capricho perde a graça e vou embora. E ele fica lá, deitado, remoendo-se para tentar encontrar a chave perdida.

Talvez eu perca para o Sono. É, pode ser isso... essa escuridão, começou a se formar agora... é, ficando maior, maior... sabe, acho que está tentando me expulsar! Olha que atrevimento!

Devo resistir? Hum... esse semblante não está muito feliz. É uma mensagem se formando, aquilo? Odeio fumaça, gente, acho tão brega e démodé. Por que não fala logo? Fica aí enchendo a sala de sujeira.

“V”.

“Você”, talvez? Mas querido, meu nome é Eu. Eu Lírico. Acho que nunca fomos apresentados, deve ser a primeira vez que o Sono chega para disputar lugar comigo.

“A”.

Ou seja, “VA”. Valor? Vaca? Vaso? Vamília? Hahahaha (óquei, admito que parte das piadas ruins e infames do Caio eu que crio, podem se culpar).

“Z”.

Vamos ver, “vaz”. Vaz de Caminha? Significa o quê? Que estou fadado a ser lembrado na História? Verdade, Vaz de Caminha escreveu a carta aos portugueses, o primeiro texto da literatura brasileira!!! Ai, que dema...


“VAZA”.
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