Falar sobre morte nunca é fácil, principalmente para aqueles
que já conviveram com ela. Algumas pessoas conseguem acostumar-se mais
facilmente à separação, outras, menos. Cada ser foi criado de maneira
diferente, seguindo ideologias muitas vezes distintas. Porém, fato é que a
nossa sociedade sempre cultivou o apego como uma das bases para a sua
construção.
Não sou, absolutamente, um sociólogo, antropólogo ou psicólogo
para tratar esse tema. Mas peço a palavra enquanto ser humano. Sei o quanto é
difícil perder alguém querido. E conheço amigos que também sabem. Embora
tenhamos concepções um pouco conflitantes, às vezes, não posso ignorar que a
separação é, para nós, dolorosa demais.
E o que fazer? Para isso, deixarei de lado as religiões e
seus respectivos rituais. Cada um age da forma como acredita, e não me
considero ninguém para questionar a validade dessas atitudes. O que gostaria de
abordar é a nossa reação frente à vida. Para muitos, a morte é tão
incompreensível que se torna poderosa. Até demais. Não à toa existem muitos
grupos de recuperação e de acompanhamento psicológico para os familiares e
amigos aceitarem e levarem as próprias existências adiante.
O que quero dizer é: até onde a morte e a separação podem
chegar em nossas vidas? Quanto de nós elas podem tirar? Será que não somos fortes
o suficiente para passar por cima desse obstáculo?
Somos! Acredito sempre no caminho do meio: aquele que nos
traz equilíbrio e nos transforma em seres mais sábios. Há hora para se chorar.
Enquanto animais, temos nossas fraquezas, nossos temores e, principalmente,
temos medo do novo. Mas há hora para secar as lágrimas, apoiar-se nos ombros
dos amigos e voltar a andar. Porque é esse o caminho que precisamos seguir: o
que está diante nossos olhos.
Para finalizar, quero deixar-lhe trecho de um filme que
adoro. Triste, penso. Mas muito verdadeiro, e que mostra um pouco daquilo que
acredito, da minha visão.
Minha mensagem final é: aproveite ao máximo enquanto você
pode sentir-se alegre, feliz, querido e especial. Não há nenhuma maneira mais
digna de honrar a sua vida senão essa: vivendo.