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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O dia em que quase explodi minha casa

Cozinha não é lugar de homens. As mulheres podem me taxar de machista, mas falo isso por experiência própria e por relatos de acontecimentos com outros colegas. Não sou machista – pelo contrário, depois que aprendi a viver nesse habitat, até tomei afeição por ele. Mas acontece que a lembrança de uma ocorrência gastronômica ainda perdura na minha memória até hoje. Deixe-me compartilhá-la com vocês.

Era uma noite, há uns bons anos (não sei especificar quantos, ao certo). Como praticamente vivia na escola ou saía para jogar vôlei, o microondas significava apenas mais um aparelho dentro de casa, para mim. Obviamente eu sabia mexer nele, mas nunca conhecê-lo a fundo.

Nessa ocasião, meus pais haviam saído e fiquei em casa com o meu irmão. Sendo o mais velho, fui até a cozinha preparar o jantar. Então, deparo-me com uma panela rasa de feijão, cujo conteúdo deveria ser dividido em dois pratos. Pensei comigo: “oras, pra quê todo o trabalho de tirar o feijão da panela, colocar em um prato; depois voltar pra panela, colocar no outro prato pra ainda ter que botar cada um, separadamente, dentro do microondas? Oras, eu vou é colocar logo a panela toda pra esquentar!”. E assim fiz. Ao sair, apaguei a luz e fui assistir à TV.

Qual não foi a minha surpresa ao perceber, da sala, que a luz da cozinha estava acesa! “Ué, mas eu tenho certeza que desliguei as lâmpadas...”. Compareci lá para averiguar. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que os lampejos vinham de dentro do microondas. E qual não foi o meu desespero ao ver uma das abas da panela girando e pegando fogo.

Pensei: “água!”.

Depois pensei de novo: “quer explodir o prédio?”.

Bem, na minha larga experiência enquanto bombeiro, olhei para o cronômetro e vi que faltavam 5 segundos para finalizar os minutos programados. Assim que apitou, a panela deixou de pegar fogo.

Não pode deixar de constar a bronca que eu levei quando meus pais ficaram sabendo disso. De qualquer maneira, foi muito mais emocionante depois, quando brinquei pela primeira vez no fogão. Mas, dessa vez, nenhum utensílio virou vítima dos meus devaneios...

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