Tente se imaginar sem computador.
Google para pesquisar um telefone? Esqueça. Precisa saber como chegar até
aquele barzinho maneiro? Pegue um guia de ruas. Quer conhecer a sua
cara-metade? Levante-se da cadeira e saia de casa.
Admita, hoje é difícil pensar na
vida sem a internet. Até para criar laços (sejam eles da natureza que forem)
usamos o ambiente virtual. Facebook, Twitter (e até recentemente o Orkut) e
outras redes sociais possibilitam interagir com pessoas que nunca vimos de uma
forma impensada há duas décadas. Isso é bom?
Sim, é bom. Nunca foi tão fácil
nos conectarmos e acessarmos informações sobre qualquer coisa. Comprar, ouvir,
assistir, ler. A facilidade do wireless chegou para ficar – e nunca nos
tornamos tão dependentes de uma ferramenta como atualmente. Isso é ruim?
Sim, é ruim. Outro dia visitei a
biblioteca da faculdade onde estudo para fazer um trabalho. Eu, o livro e um
caderno, no qual fazia anotações à tinta. Sabe há quanto tempo isso não
acontecia? Infelizmente, nem eu mesmo me lembro. Acostumei-me tanto ao
computador que perdi o hábito criado em casa quando criança – o de olhar uma
enciclopédia e transcrever seu conteúdo usando a própria mão. Mas, por incrível
que pareça, gostei da sensação, mesmo após tantos anos. Pelo menos para mim não
existe teclado que se compare a uma folha de papel sendo virada.
Não sou nenhum estudioso sobre o
tema (e nem nutro aspirações para sê-lo), mas me parece claro que há um certo
exagero no uso da internet e do computador. Entretanto isso não é culpa nem de
um, nem de outro: ferramentas ganham fama pela forma como são usadas, e isso
quem decide somos nós. Caso contrário,
pode botar a culpa no avião, na faca, numa cadeira, na caneta...