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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Roleta russa

Desde o início da gestão Dilma à frente da presidência da República, sete ministros sentiram o doce gosto da nomeação e o amargo da demissão. Alguns caíram por causa de denúncias concretas, outros sob a dúvida em relação à veracidade dos fatos, porém, todos através de denúncias veiculadas pela imprensa.
Exercício pleno da profissão ou implicância da “Imprensa Marrom”, anti-PT? Não sou um estudioso experiente no assunto e nem acompanho 24 horas as notícias, mas me parece ao menos suspeito o fato de, a cada queda, uma nova pessoa ser indiciada pelos meios de comunicação – e, quando me refiro “a cada queda”, quero dizer que realmente já no próximo dia há outro ministro na berlinda.
O assunto é delicado pois a linha que separa a investigação jornalística do simples denuncismo é muito clara, o que gera interpretações lógicas que referendam opiniões de ambos os lados. Do meu: acho sim que o jornalismo deva se embrenhar na selva que é o nosso sistema político para encontrar (as várias) falcatruas e livrar a máquina pública dessas pessoas que se utilizam da privilegiada posição para o bem próprio; porém, a forma como as denúncias são publicadas não condiz com os ideais éticos que aprendemos na faculdade. Se há muito material interessante, como suponho, e relevante à sociedade, ele não deve ser guardado aos pouquinhos, e sim revelado de vez. “Ah, jornal precisa vender!”, você pode dizer; mas jornal precisa ser, antes de qualquer coisa, o guardião da cidadania. E não um “reality show”.
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