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sábado, 2 de julho de 2011

A segunda vida

Há alguns anos, internet era coisa de gente rica. Ok, rica talvez não, mas pelo menos que pudesse acessar a rede através da conexão discada durante a semana. Hoje, essa situação pode ser completamente estranha, principalmente por conta da capilaridade da banda larga – você me pergunta: conexão discada? Hã?

O mais intrigante nessa evolução, em termos de inclusão digital, é que passamos a ter uma segunda identidade, vamos dizer assim, um “RG” virtual. Quem somos nós na web? Quais os nossos gostos? O que nos faz dar risada? A melhor prova disso é o jogo Second Life – podemos assumir a feição preferida, usar a roupa mais legal, enfim, sermos, talvez, quem queremos realmente ser.

O caso se desenvolveu tanto que foram sendo criadas as redes sociais – se a internet pode ligar informações, por que não fazer o mesmo com as pessoas? Mais que nunca, a rede se tornou um ambiente sem o qual não podemos viver, seja para pesquisa, para diversão ou como uma extensão da nossa vida real – nesse novo espaço, podemos retomar conversas não finalizadas, conhecer pessoas de todos os cantos do mundo ou “falar” para ser “ouvido” (pense bem, blogs não seriam exatamente isso?). Porém, tem um probleminha.

Na verdade, temos vários, entretanto, como não vou escrever um TCC, focarei no aspecto social da questão. Já parou pra pensar em quantos amigos você tem no Facebook? E no Orkut? Agora, quantas pessoas você conhece pessoalmente? Quantas te ajudariam quando você precisasse? Com quantas você teria o prazer de tomar um café e contar piada, ver a expressão de alegria do outro e voltar para casa com aquela sensação de que o dia valeu? Ficou difícil, né?

O maior perigo da vida digital é se distanciar da real. Você não nasceu de uma “cutucada”, muito menos de um depoimento. Um ser humano só aprende a se relacionar com os demais através de exemplos, de experiências, do contato com outro ser humano. Indiscutível a relevância da internet para nós, mas há certas restrições, alguns limites necessários para levarmos uma vida saudável, tanto no sentido fisiológico quanto no sociológico.

Portanto, leiam o blog, mas saiam para namorar, divertir-se, comprem um livro e, realmente, vivam.

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