O hotel não era exatamente um luxo, mas tinha o básico para uma estadia confortável – Tv a cabo, frigobar, duas camas, uma mesinha (de onde saiu pela primeira vez essa mini-série), o banheiro. Ou seja, um quarto normal, sem muitos bãlãgandãs (escrevi como se fala). A sua aparência, porém, não inspirava tanta confiança; também pudera, instalado há 40 anos na região. Mas confesso achar que poderia estar em melhores condições.
Chegamos, trocamos de roupas e fomos almoçar. Outro aspecto muito interessante da cidade está no preço da comida: o self-service custava apenas R$ 15,00 o kilo (e eu que fico feliz quando encontro um de R$ 21,00 ¬¬’ ) e compramos, depois, meia-dúzia de mexericas por R$ 1,50 – isso mesmo, R$ 1,50 por seis mexericas!
A área em que nos hospedamos situava-se bem próximo ao porto (a vista do meu quarto era o ancoradouro). Portanto, locais bastante antigos – via-se pela arquitetura dos prédios e pelas escadarias (algumas delas haviam sido pelourinhos em outras épocas). Aliás, a praça a um quarteirão de distância do hotel fora invadida por holandeses e, sob a batuta de Maria Ortiz, protegida dos europeus. O local de onde a considerada heroína brasileira teria atuado leva seu nome – Escadaria Maria Ortiz.
O lugar me lembrava a Rua 12 de outubro (meu pai arriscou ser ali uma Cásper Líbero; enfim, como preferir), assim não era de se estranhar a simplicidade das vias, pululando lojas e camelôs. Esse aspecto popular desagradou um pouquinho, admito – menos ao meu pai, já acostumado com o Centro de São Paulo, curtindo Vitória numa boa...
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