Estava eu em uma noite de sábado navegando pela internet quando, subitamente, lembrei-me de um vídeo que tanto falavam há algumas semanas, de uma garota estadunidense cantando alguma coisa tosca sobre sexta-feira. Como me disseram ser uma coisa assombrosa, de ficar na cabeça, morria de medo de assistir. Até que, ontem, tomei coragem e coloquei o nome da música no YouTube.
Vou pular a parte da análise técnica, que deixarei para os especialistas em Rádio e TV (embora o vídeo tenha uma boa edição, exceto a parte em que ela vai para a balada à noite). Logo que começou a canção e o clipe tocou, pensei comigo, de imediato: "todo esse auê por causa disso?".
E repito: todo o auê por causa disso?
Agora eu fico filosofando comigo mesmo: ok, não gostar da música é direito de todo mundo, mas xingar a coitada na internet e postar em tudo quanto é rede social palavras de desprezo completo? Ela só tem 13 anos! Sinceramente, você que tem 13 anos consegue fazer melhor? Quando você, que se acha O bom, tinha essa idade, faria melhor? Duvido.
Outro dia, ouvi no rádio, no programa da psicóloga Rosely Sayão, uma frase que conseguiu mudar um pouco a minha visão sobre o mundo: cada nova geração precisa bater de frente com as anteriores, caso contrário, não pode criar uma identidade, e aí o planeta não gira. Tentei criar um exemplo na minha cabeça: eu mesmo. Tem tanta coisa que eu acho errado nas pessoas mais velhas e no mundo construído por elas que fico, não raro, desanimado. Sempre me dá aquela vontade de mudar e deixar as coisas como elas devem ser. E acabo jurando nunca fazer como eles, jogar de lado as ideias dos mais jovens, taxando-as de ingênuas - ou, às vezes, imprestáveis.
Mas, caramba, é exatamente isso que estamos fazendo! O tempo passou e a gente não percebeu! A nova geração já está aí, modelando o seu DNA e indo de encontro a nós! E como respondemos? Minha opinião? Somos piores que nossos pais: além de não respeitarmos, colocamos as novas visões lá no chão. E, preocupante, tendemos a humilhar quem pensa diferente.
Sim, faço parte da futura horda de velhos chatos, mas, desde aquele programa de rádio, estou um pouco mais flexível. Embora, como disse, seja direito de todas as pessoas não simpatizar com algo, não significa que podemos impor o nosso jeito de pensar. Todos tem, também, o direito de gostar daquilo que lhe apraz.
Oi caio, segue meu blog ai por favor, já estou seguindo o seu :)
ResponderExcluirhttp://nbaoffs.blogspot.com/
sei lá... é um '''progresso''' sem volta. Acho q sempre vai haver conflito entre as atitudes de uma geração com a outra... o fato é: ou a gente se adapta ou vira 'antiquado'...
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